terça-feira, 9 de agosto de 2011

.... MONÓLOGO POR A.RODRIGUES (ARGOTH GOTHicko)

(Nem tudo tem que ser forçado para ser obscuro ou real.)






                                                                       PARTE I


   Neste monólogo , sobre meus versos,neste antro gelado na escuridão,onde não se ouve os pássaros,nesta caverna escura em meu peito,onde nem o maldito sol, nem deus,nem o diabo vem me cutucar não tenho crenças,além de mim.
       Meus versos vem de mim,a tal alma suícidou-se na primeira esquina,com medo de enfrentar a oposição,impune,impotente e sem braços.Caí várias vezes,mais com meus cotocos de força ,ergui-me nesta natureza morta, que volta mais  a sua essência a cada segundo,e nada.Nada é o nada que me salva destes vermes mentirosos,porcos, lixos da escória,fiquem em seu inóspito lar de porquices,seus vadios.
   Minha esperança caminha a noite, em busca da dama dos meus olhos: Veja senhora como a lua esta bonita, só não alcança a perfeição,pois vós não estais lá.
   Cortando meus versos,prosas e contos ,a língua que entrava a e passeava pelas curvas de minha antiga senhora está aqui,quero guardar-me para ti.
   Opositores imbecis cuidem de suas doentes vidas,sua ignorância e arrogância por burrice fede.
     Não vou fingir,nem sentir, nem mentir,meu puro sentimento é real, imagine-nos caminhando a beira dos jardins,com nossos sentimentos e vinho em mãos ,ouvindo a triste e profana melodia, morta natureza o sofrer é belo,é com ele que se educa os nossos dias mais trágicos,tudo isso é tão fatídico, neste patético teatro, tão paralelo que paira entre a realidade e a
insanidade,posta em livros, como anjos de vidro e vozes presas ao gelo.
    Ecoa neste momento apenas a desgraça,por meus métodos e estudos,posto em tése e por vontade,não crer nesta cruz dos 
imbécis,crucifiquem-me seus animais,queimem-me em sua guerra santa de inquisição,junto com meus pecados, matei a minha fé 
nesses continhos de fadinhas ancestrais.


                                                       
                                                               PARTE  II


Nesta jaula,neste quarto escuro preso a mim,em minha camisa de força,eles me criticam e me cultuam.Pelas frestas dos armários os vejo correr,comendo celebrando a dor, meu amor,só esvai ao espaço ao tempo, e torna-se pó, meras lembranças recordações fúteis,cria de suas fantasias nuas e ímpias, tornei-me obsessão de desejo de sua filosofia crua e ,atrasada curando -me dessa
falsa"coisa"com o meu amor,comam destes pães e frutas,pelas estradas violões fugindo dos cães sujos,que nos odeiam por não amar suas mentiras e suas ervas mergulhadas no absinto da cegueira.
       Vejam  eles são fantasmas resultado da louca insanidade de seus líderes,vamos fazer renascer  desta situação de guerra,uma elegia a paz,sem culpa pelos erros de suposição, a mais julgar pela fantasia ao modo deles,do que pela pura ciência,seus porcos e bandidos,senhores de governo.Cozinhem-me com sais de banho e ódio,como também os odeio,meu sorriso é feio ,seu sofrer a luz dos pisca-piscas é ridículo,como as tralhas do anjo mórbido,coma paus e pedras ,como dizem em seus topos de pirâmides, e em sua casa no céu e inferno fora o Olímpio de birutice(dizeres bizarros,meu castelinho de areia acabou
de cair, senhor da Transilvânia,nos ame,o poderoso Drácula de Bram Stoker.).Igrejas,céu,inferno,loucura de homens a perde 
de vista,indubitavelmente inteligentes, de mente dotada de histórias prontas.
    Beijando minha bandeira, ao som do teclado,com minhas veste do século XVIII, a penumbra se vai com o passar do dia,o escuro não me deixa fraco.
O que salva é o canto das tragedias .Serpentes arrastando-se pelo chão,meus amigos já se foram, a cura se esvai,palavras soltas brotam aqui,o chão está frio,a vela se desgasta lentamente,como o destino ao fins que graciosamente 
haverão de chegar.
      A morte é a melhor amiga do ser humano, teus olhos são como de um apaixonado ao ver sua amada nua pela primeira vez,com o amor que a morte vem,ceifar e guarda seu candidato debaixo de suas asas,salvar da dor deste império de sangue,lamentos
tristeza e raros momentos simples e felizes,com uma caneta setenciar o fim da vida ,e dos erros cometidos,mas a morte também e miserável,após o fim não resta,mais nada além de deixar o corpo frio e sozinho apodrecer,ao nada voltar,ciclo de surgir para desparecer.
     Deixe-me dizer mais algumas coisas,deixe-me sussurar a teus ouvidos doçuras em teus ultímos instantes de vida,neste monólogo seco,deixe-me reconfortar-te,em teu caixão meu amor minha menina,deixe-me brincar com teus cabelos,beijar tua nuca,soprar teus ouvidos minha luxúria,condene-me a ser teu escravo de amor,cause-me dor,faça-me te amar,tocar tua beleza,sentir o calor interno e ver a luz de teu orgasmo puro,minha limpa virgem,veremos o universo em teus olhos,socando-a entre a parede e a volúpia,explodindo cometas,gametas de loucura exagerada e guardada durante anos,deixe-me te amar e profanar esta cruz desgraçada,
arrancar tua peça intíma é meu maior desejo e concluir eses monólogo cru,que surge ao formar trechos de minhas vontades.
    Arranquei minhas meias, pés ao ar,ouvindo sinfonias que dispõe-me a escrever,recordando de vosso sorriso,quase horoso de teus momentos,onde coloquei-me a tua disposição de carícias,como lhe tenho paixão e que cresce em metamorfose,cria-se laços,lençoís e amor.


                                                               PARTE  III 


     Amor,bom amor,ser mitológico,como a Vênus de Lúcifer,Afrodite o que é isso?sofremos a vida inteira para no fim,supreender-mos e descobrir que nem tudo é amor,sim a convivência,violino confuso,dai-me água,dai-me tua lágrima para beber,e com o leite das recém-madres limpo meus olhos,da poeira e irritação de sua fé,as alianças em meus de em meus dedos magros não me caem bem,costurando minhas recordações,lembrei da Senhora de Bathory,com sua glória em sangue,dedicada ao amor a juventude,que compreendo agora que estou me tornando um velho jovem,com o passar das areias nas ampulhetas do tempo,mês quem vem já vem a data de minha trágedia,escrevendo no escuro por linhas tortas." Esconda seu rosto,seu lápis borrado 
e teu esmalte,estes imbécis não podem ver".foi o que me disseram certa vez.
   Cálculos matemáticos das sanguessugas,sugam-nos como vampiros,o gosto do sangue,é tão puro e vermelho
(Sem crises de vampyrismo,vampyro psíquico, em experimento prático de ferimentos)em intoxicações,sem as doenças de vossos  filhos,netos,pais, antepassados e conhecidos,celebremos e cultuemos a mentira deles com seu paraíso fictício e do mesmo modo sua torcida para que queimemos no inferno com nossas células e átomos,somos fruto da evolução,alimentando-nos do seio do conhecimento,com base fundamentada na logíca,sugue meu sangue tempo,deixe-me ferir com flores e tua coroinha de espinhos,


  A primavera que nasci morto virá essa madrugada,outono já se foi a tempos,meu inverno de folhas caídas,hoje se esvai.Inverno frio dos corpos quentes,dos carinhos a noite,como alegra meu coração obscurecido pela burrice dos incompetentes,o meu sentimento é puro,a nescessidade do empenho secou minhas flores de inverno,o que era poesia se tornou nota de falecimento,a rebeldia e a anarquia foram enterrados com o comodismo que veio átona,comodismo dos bichos mortos a pedradas pelos burocrátas,aristocrátas de calejados protestos e dizeres,em sonho buscavam igualdade,liberdade e democracia,nas fileiras dos campos da ditadura,escrevendo epitáfios de sua batalha.Conceda-me a honra de perpétuar teus fatos em minha narrativa-personagem.
    Madrugada adentrando vamos,limpo meus olhos já sonolentos,onde está minha água?água boricada lave meus olhos,minhas mãos grudadas nesta caneta de pena,assim como faziam os velhos filósofos e poetas de antes da guerra,minha independência,repleta de mentirosos a minha volta.
      Sinta a aveludagem do meu monólogo feio,repleto de erros e comendo a pontuação,leia meu amigo,deguste o meu desgosto,e goste do meu gostar lugúbre,analíse as entrelinhas o ódio,a chave de meu músculo coração,está perto da janela onde todo o dia bate o Sol,Sol como lhe odeio,não chove a dias,Sol que estraga beleza da noite,é belo teu nascer e teu morrer,nos dias calmos e frios,ao curvar e descurvar tua coluna nas montanhas,horizonte laranjado que chora nuvens ralas.
     A visão embaçada é teu sono que já vem,veja o mundo por esta fenda,deus nos livre de deus,
    Galhos secos em seus olhos,salvem os doentes,curem as cicatrizes,as máculas de seus sonhos e partes perdidas,dê um espelho para ver sua beleza despida,que se abram os segredos antigos,que revelam o fim,deste castigo que não tem nada de divino,nem infernal,sim terreno e natural,circunstância veridíca.
   
                                    
                                                                  


                                                               PARTE IV



    Que não tenhamos de guerrear,Santo Einsten que estais aqui um brinde a teus ossos e aos de Darwin que relembram sua ceia da relatividade,da evolução e da razão,que por muitas vezes foram perseguidos por sua sensatez, a verdade. 
     Dentro de nós,figuramente falando,queima a chama da razão,somos uma vela em meio da escuridão,um belo candelábro de conhecimento nos sustenta,o pisar firme condena as injúrias,infâmes vermes transvertidos de farsa.           
  Processo da cruzes em chamas,monólogo por mim.Meu tubo de ensaio,meu monólogo quase ensaio.Lembro-me da tragédia do sofrer por morrer em prol dessas aclamadas e enganosas coisas que nos obrigam a vivênciar,a infância é triste,nascemos puros e nos sujam,vendo a verdade os brinquedos antigos tornam-se lixo e coisas superfúlas.Beba mais um gole d'agua,para os outros soa
como aberração,não como divisão do prazer em conhecer,ouvindo no rádio homens e mulheres que cantam nosso sentimento de amor,amor e paz.       
   A sacanagem dos fatos ficaram nas igrejas,o teu santo padre é mais obscuro que os sonhos sexuais seus sub-alternos pervertidos(comedores de inocência)"que mamam"nos seios dos filhos de seu ídolo falsário,madre torpe igreja,meu monólogo,ensaio do meu ateísmo.   
   Quero estar onde minhas palavras estão,longe desta mancha imaginária,onde a liberdade voe e novas canções de amor ecoem,sem medo do granizo  que vem do alto das nuvens.Se me  perder no azul do céu ao ver nenhum deus por lá,celebrar o canto dos pássaros,que rasantes vem ao Sul nos agraciar,com sua nobre cantoria,cortando o papel e nostálgia mórbida,depois de tanto 
suor e sofrer,que o bater de asas de um novo momento será ouvido,meu monólogo imperfeito,cheio de erros e verdades,sem os campos de gás,que se segue... fora da Tundra dos corações sujos deste corruptos...              
   Seguindo por aqui,caminhando pelas florestas caídas,mundo feio,cheio de feridas,poças de sangue,paraíso perdido,por entre os dedos escorrendo a terra,culpa dos seus filhos sedentos.     
   Tumbas entupidas de sangue,corpos e amores,traga-me mais vinho.As bruxas não virão nos visitar este mês,(beirando a ironia):Gostosuras ou travessuras.Nossos dízeres importados,corporação de monstros,vivamos a nossa lei de sobrevivência 
onde está meu guia?não tem,se afundou nesta lama preta de burrice,tabaco e nicotina os mataram,depois de nos roubar.
Socializem a burrice desses arcaícos,papel amassado para amassar as faces.Por que não penduramos nossos antigos erros e pecados em um quarto escuro e isolado,com músicas irritantes,pouca luz,de mãos amarradas acima da cabeça e os cortamos de hora para que lentamente vão morrendo?Que seus pés fiquem submerso em água fria,própio sangue e vômito(Arame farpado no rosto)de nada adiantará morfina,seu zelo agora não permite desculpa-los por seus transtornos,porque não os corrigir antes? estamos insatisfeitos,joguem a podridão das criações em um lago de águas pretas de onde vieram as fezes,seguindo por mais 
linhas o monólogo metamorfo.Meu tipo de sangue,minha cor,minha descendência que isso importa,sou fruto de uma relação sexual,fluídos de minha amada mãe com meu finado e também amado pai,que as terras do cemitério o tenha,e que está em minha memória,
e que ei de permanecer até meu último suspiro,meus irmãos queridos também.
   


                                                                PARTE V


   O controle de minhas atitudes,estão nas minhas mãos,mas confesso em maior parte do tempo estou sozinho,no início me sentindo confuso,normal a qualquer pessoa,desinfectar o cérebro de tantas mentiras,pressão social e comodismo dos imbécis,
ao me críticar,e isso so me fortaleceu,de pé firme e rindo dos que alegam ser a verdade deles.
fiquei mais forte,sábio.Muitos e muitas já se foram,meu coração em pedaços,mas me seguro,pois no outro dia criarei possibilidades de seguir bem e vivendo,por mim,até doaria meu coração,minhas cornéas,sangue e médula, meus ossos e orgãos,mais ainda vivo para alegria de uns,e tristezas de outros que leêm meu monólogo pós-morte.
    Confusão na saída do teatro escuro da vida que tinha,assassinar a fé nessas mentiras e ver e verdadeira condição humana,estalando os dedos a tensão se vai,seguindo-se a linha sonora,covers de outras bandas,ouvindo os clamores de meu estomâgo,que clama comida,daí-me pão e vinho,
minhas células serão aquecidas com o carinho de minha pretendente.
        Hoje rindo de comédias sem graça,Chaplin nos faz falta,monólogo rico de mudanças de termos,único conceito quem interpreta,siga lendo fio-a fio das terminações das palavras,como são "amigas" e "nescessárias",vavúla de escape
(Odiando tanto a vida a cada aniversário,odiando tanto que aprendo a ama-la.Ao início parece sofrer,ao meio exaltação,ao final um complemento,sem complexilidade ou termos difíceis.
        Vejam um ser fantasmagórico,olha já passou o carnaval,acabou a festa dos erros da humanidade,crença em deuses isso se tornou uma obssessão erronêa.Liberdade sem dogmas,religiões e besteiróis do gênero "lavagem cerebral".




Sim,gótico e Ateu..


   Madrugada de 22 para 23 Setembro de 2010


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 POR ARGOTH..
   


 Antônio S. Rodrigues.

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