Joe, O Feio era um jovem solitário, não era feio.
Era apenas
um garoto que crescera sozinho.
Frequentava o cemitério, especialmente o túmulo de sua mãe.
Sua
maquiagem e roupas escuras, batom vermelho, cabelos desgrenhados assustavam as
pessoas. Todos tinham receio dele, mas ninguém ousava se aproximar.
Nem
imaginavam que naquele peito pulsava um coração bondoso e puro, um coração
belo.
Em um fatídico dia, um tiroteio aconteceu. Joe, O Feio que
era belo, acabou sendo morto.
Não usava armas, apenas
declamava poesias e expressava sua mórbida arte. Entre balas fora atingido.
Isso acontecera, enquanto ele falava de seus nostálgicos e imaginários
romances, falava de amor.
Não se sabe se fora da polícia ou do ladrão. Uma bala em
cheio acertou seu coração. Joe, O Feio que era belo, sem nenhuma cerimônia,
fora enterrado. Agora abraçava os restos do corpo de sua mãe.
Não fora ninguém
o visitar, ficara apenas como companhia, o velho coveiro que em seguida deixaria o cemitério com sua pá,
chovia intensamente. Pareciam as lágrimas de Joe, O Feio.
Escuras e belas,
mesmo o tendo visto de longe, imagino que se ele pudesse pedir, ele pediria
uma triste música ao piano e violino, com uma voz serena como trilha de sua morte.
Agora descanse em paz, Joe...
Uau... Isso é tão bom!!!
ResponderExcluir