Que morte cruel, que anunciem os corvos, que morte cruel ouvem se lamentos ao choro do violino
Que morte cruel, com lágrimas lavando o rosto dos vivos. Finda-se a música da vida nos ouvidos do finado, que morte cruel não há nenhum salvador.
Que morte cruel, aos vivos que aos vivos dá apenas o tempo a consolação e a doce ilusão de esperança.
Que morte cruel, as vezes chega mansa, sem cerimônias e danças acolhe o seu.
Que morte cruel, os vermes abraçam o cadáver, defunto fresco com o qual irão se alimentar.
Que morte cruel leva para si toda existência e ao moribundo deixa o nada.
No sarcófago poesia mórbida, na lápide doces palavras, despede-se do morgue.
Que morte cruel algum dia seremos todos seus.
Dentro do caixão nem ouve a última pá de terra, encerra-se o sepulcro.
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