Me dê minha máscara, assim posso ver tudo e ninguém pode me ver. Embaixo dela respiro melhor, embaixo da máscara ninguém meus olhos podem ver.
Me escondo da pessoa que sou, queria ser alguém melhor.
Some o riso, o meu rosto sem expressão mas a máscara sorri, sou só apenas um ser humano comum e horrível.
A máscara protege meus olhos do cinza da cidade, da luz e da noite.
Tenho temido a noite pois é a noite que as sombras aumentam e os pensamentos me atormentam mais.
Noite pavorosa de asas abertas gerando meu caos, monstros em minha cabeça, a máscara desliga o horror existencial, uma fuga de mim.
A máscara não é real e nem sei o que serviria como tal, uma metáfora da paz que procuro e não sei qual é.
Só desejo que a alegria volte a nossos olhos, que os lábios voltem a sorrir.
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