Enterrado Vivo- Por A. Rodrigues
Que desagradável, este não foi um belo dia para morrer, na solidão da tumba gritos em vão, terror abafado pela terra.
Ecoa o desespero em sua mente, já imagina os vermes se banqueteando subindo em sua pele, o cal lhe queima e seu desespero queima o ar, que triste fim.
Gritos de dor enquanto abrevia ainda mais sua existência, se cortando nas lascas que se soltam em seu caixão.
A morte mordiscando os lábios contente com o tutano que irá saborear
Triste fim, inerte no chão.
O oxigênio se finda, triste fim enterrado por engano naquele inverno profano não houve cruz para se agarrar.
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