Te odeio quando você some, te odeio quanto não está aqui para contemplar comigo, a morte do Sol, e o nascer próspero da lua.
A brisa que vem de longe e toca o meu rosto, de tão suave lembra o carinho teu. Nestes dias de proximidade de nosso encontro, te odeio por o tempo não passar de pressa.
Nesta tarde deste domingo quente, esse calor abrasador que detesto é minha companhia.Pois o calor que desejo de verdade é o do seu corpo.
Em nosso encontro devora-me com teu afeto, destrua-me com teu amor, mata-me de tanto zelo. Sufoca-me em teu seio.Retribuirei todo este amor, se queres saber amada minha.
Nesta casa a beira das rochas, vejo a prosperidade deste litoral, neste oceano de amores, quero me afogar em ti.
Despreza-me com teu amor,aqueça-me com o calor deste teu coração, conduza-me ao teu ventre. Deixe-me adentrar com meu afeto.
Quase esquecia-me deste meu ódio, odiarei -te ao final destes dias, por você não estar mais comigo, e eu ter que voltar as terras de minha origem.
Faça-me odiar mais ainda esta solidão que sinto, e a saudade que sentirei,quando não a terei. Solidão esta que me arranha com afeto, saudade que torna o meu pensamento insistente, e faz meu ódio aumentar.
Sou teu segredo, mas quero revelar-me, ao fim te odeio por lhe ter tanto amor, doce Vênus do meu desejo.
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