Ficção, as vezes a vida me parece uma...
Venha deixe me usurpar de tua glória,
Cortar teus pulsos e tua garganta,
Sentir o gosto do teu sangue.
Tocar teus lábios,
Usurpar teus anseios,
Roubar a vida de teus seios,
E fazer de ti parte de mim.
Não interpretes o mal,
Não interprete nada disto,
O meu problema é só angustia.
O meu problema é solidão,
Criar este tudo que ao fim,
Sou dela criação,
Me desgastou durante milênios.
Sou o deus da dor,
Quero teu amor,
Tua carícia, não uses de malícias,
E quem sabe lhe contemple
Com meu esplendor.
Sou o fim da noite,
Que clareia teus olhos,
Sou a madrugada fria.
Os pássaros não cantam quando passo,
Sou o deus da morte,
Sou o genocida do velho testamento.
Atenciosamente,
A.Rodrigues.
Arrebatador, tenso, ritmado e profundo. Quase música...
ResponderExcluirEitcha. Fiquei com pena da musa inspiradora, será uma prova de foto se entregar ao narrador heim. Como disse a Moni, ficou musical a coisa, e tenso, bem tenso mesmo. Abraços.
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