segunda-feira, 21 de novembro de 2011

___ Obra Ficcional Relato de Guerra ( Nos Dias e Noites de Novembro . Por A. Rodrigues)





Nesta guerra fria, se eu não zelar por minhas palavras, ao seguir disso tudo, vejo que irá sangrar meu corpo maldito, olho para frente nações se chocando.Observo o caos e o ódio, sinto medo dos tiros, sinto que em uma oportunidade, distraído eles irão acertar minha face, nessa guerra de gigantes sou apenas um caminhante, um andante com seus objetivos.

Essas mentes olhando através das lentes, nunca se sabe quem está ganhando, estes seres que de tão ensandecidos pela guerra, não mais analisam as balas descartadas, as bombas que explodindo estão destroçando nossas crianças.

[Ah seus malvados, o que sentir ?]

Veja o rio em sangue, os vestígios da proliferação sangrenta dominante, e o grande número dos peixes mortos descendo. 

Impérios caindo e o castelo quem sabe talvez este a beira da colina prestes a ser devastado,ao chão barreiras de rochas.Não há tempo para a pausa,não há se quer, tempo de curar as feridas, aplicar os curativos.

Ah neste meu desabafo, contexto de guerra. Os feridos são vários, me encontro em meio ao caos, aos velhos com seus ossos frágeis que me pedem socorro.

Abaixem-se mais uma vez, estes estilhaços podem cegá - los, sempre mantenham a cautela.

Em uma guerra os aliados se vendem, os aliados se degolam por um prato de comida.Continue isolado nesta tua caverna, não mostre as narinas, deixe o caos prosperar, a verdade surge, e nesta os maiores interessados se lançam ao troféu da vitória e tu lamentas o teu rosto deformado.

A verdade se postem, vejam quem cai, ao fim se fez guerra e morreram todos os heróis (ou não), banalizam com amor a anarquia da ordem. 
Os sussurros na noite de chuva, tempestade negra que acalenta os funerais é maior que todo este sangue no solo.

Os vermes devoram os restos e então cadáver?
Este sou eu sentado neste túmulo,sem concreto ,granito e sem mármore apenas no alto de uma rocha, olho para o horizonte nublado e só vejo dor, só vejo as aves carniceiras devorarem-lhes as vísceras, estou sozinho mais uma vez.

[Em um campo de batalha não existem deuses, não existe nem outros para se agarrar. ]

Um grito agoniado de desespero, ouve as sentenças de morte.
Quero disto mais entender para saber deste objetivo, o paralelo frio para as motivações da guerra.Superpopulações ou simplesmente meros interesses, de um segredo hostil, não quero guerrear para que não leve mais  tiros em vão, tudo tão confuso, mas sei para onde vou (melhor ficar aqui).
Sentar-me a beira do abismo e ver as edificações umas declinarem outras não, guerra sempre guerra, teu arsenal bélico tao lindo.

Mas as magoas deste país, deste governo ainda são por si só as maiores marcas de tua vingança inconsciente, jogos  de xadrez, onde as palavras e tratados perdem o valor, são meros pedaços reciclados de papel, palavras que não se cumprem ou ignoram-se as fontes.

[As vezes me vejo abraçado em meio a um monte de loucos, disparando tiros para o ar.] 

guerra causa transtornos, mudam a ordem de certas coisas, as vezes muito gravemente. Ao ponto que se recolhem todos em um manicômio, que receio que de longe onde terei de me resguardar, daqui aprendo alçar a minha estrategia, a ponto de não ferir e não ser ferido.

Erguer bandeiras é controverso, os vencedores nunca são os de sempre, e nem sempre as vitórias são pérolas brancas. Mas é nisto que a neutralidade em si é forma prospera.Avalie pois saberá e terá tal causa até o fim,mas embora nunca se aliar a ninguém.

Se juntar quando a causa é sua ou não sua,há o que se pensar, mesmo que seja por conveniência (ou não), e quando se aliar, saiba que poderá perder ou ganhar, não é uma covardia  é uma benção da análise pessoal, ainda mais quando se já tem um lado pré- definido, onde guerrilham os teus, vamos as trincheiras. O oportuno é falho e é errado, tal deslealdade é motivo ao me ver, de um fuzilamento massivo.
Reduzamos as nações a poeira, reduzamos o nosso íntimo coração a sangue e lama, esta é a guerra.

[Apenas quem me conhece entenderá estas minhas palavras e compreenderá esta meu utópico relato.]

Homens que sonham e os seres objetivos, não pensam em guerra, estes são os bons.Os avessos a estes pensam em lucro no em destruir, pensam em seus interesses.

Eis que pois que este tenho por direito me abster de toda a morte, o arrancar das tiras de couro de tuas botas, e o sangue que manchar tua farda.Mas esclareço que não vou me acovardar,já me defini,pois é uma guerra e não existem prazos. 

Ainda aqui me faltam palavras, mas elas surgirão de acordo com que, as nuvens em seu caminhar, se espalhem e permitam, que tudo e todos se clareiem a luz da lua.Mas a sangria do holocausto se seguirá, guerra obsessiva guerra, que mate ao fim o leão mais forte, e nós imaginamos quem seja, analisando apenas as partes que se movimentam nesta peça.  


Por: A.Rodrigues

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