Um grito ao longe,
Debruçada chorando sobre o caixão,
Em seu peito a profunda lamúria.
Morte, morte, morte.
Derruba o homem, a peste e o rato,
Morte senhora morte.
Maldita aos homens e bendita aos que sofrem,
Morte alegre ou triste, teus olhos e tua foice
Que frieza, sem coração.
Não se sabe ao certo tua forma,
Uma velha ou uma criança,
Derruba a criança que gosta de brincar
E velhas senhoras que cumprem o seus afazeres.
Morte, senhora morte
Que beija o rei, que beija o plebeu
Morte que não morre.
As orações de nada valem,
Ela virá cedo ou tarde,
Seja no poente ou ao nascer do Sol
Na manhã ou tarde fria.
Sob a luz do candelabro
Beijo desconhecido beijo,
Não sei se é quente ou frio,
Apenas sei que um dia saberei.
Att.
A. Rodrigues
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