Nas noites onde a licantropia é plena,
A agressividade a margem da obscuridade,
O luar traz a sua desgraça.
O corpo e sua mutação,
Maldita maldição do lutar contra si mesmo,
Onde esta o seu deus?
Onde esta a divindade que te livrará do mal?
Não há deus, não há salvação
E os tambores tocam para anunciar a noite negra,
Sangue jorrará e o lobisomem fará suas vítimas,
Embora também seja vítima de si mesmo.
Acordará desnudo e desorientado,
Não recobrará a memória dos assassinatos,
Saberá apenas dos boatos e da desconfiança de si.
Outras noites vem a seguir, sextas feiras malditas.
Aparece o lobo homem para atacar.
Saciar a sua fome.
E pergunto novamente, onde esta o seu deus?
Por fim o homem vê a si, cai em sí.
Sabe que é o lobo, sabe que é o homem lobo,
Para não ferir mais ninguém resolve se matar..
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