sábado, 28 de janeiro de 2012

--------------------------- Palavras Soltas.. Em Uma Madrugada Pensativo....... ( Por: A. Rodrigues )

Sem idéias, sobre nada tenho a escrever, escrevo agora apenas o que me vier á mente.
Embriagando-me nesta madrugada estou, enquanto escrevo estas palavras. A bebida amarga, se torna a mais doce.Os venenos corrosivos ao estômago,  me entorpecem.


A nostalgia vem, os dias passam.. e velhas lembranças amareladas de ontem, me assombram...
por alguns instantes recordo de uma felicidade mais simples ainda.Os dias passam e sinto a morte mais próxima.Estranho um jovem dizer isso, mas nem tanto...  a morte não queremos, mas não sabemos quando assim tão claramente quando iremos morrer, e isso se agrava pois sabemos, que lendas pós vida, são meras fábulas e contos doentios de recompensa podre.. tudo inexistente. Deixo o meu lamento insignificante sobre a tundra dos pensamentos ou mesmo sobre a rocha, vislumbrando o oceano de ideias, sem nenhum vento que me encontro neste momento, abraçando o meu "nadismo" e minha consciência.


A casa de minhas tias,  a árvore da infância, o  velho banco, o quarto e a  janela, a cozinha e o seu rústico fogão, as delícias  que me lembro das noites em que a luz se esvaia, e ficava o breu da noite. Formigas vermelhas que beliscando ficavam meus pés, desavisado caminhando descalço sobre a grama.Chorava eu sentado no banquinho removendo as cabeças presas. Tempos felizes, de reunião com a família, tempos em que tudo parecia mais alegre, talvez por  uma não percepção do tempo, tudo era menos cruel.
A crença de meus familiares que vejo hoje como  irracional, lembrando-me enquanto bebíamos vinho escondido.


Um simples nada.. que é incomplexo comparado ao Cosmos, bilhões e bilhões de estrelas..  da qual eu e você somos microscópicos fragmentos, pequenos e quão miseráveis.De contraponto somos também parte de uma nebulosa,  parte desta galáxia, planeta, estrela,  poeira simples.Isso nos engrandece, mas  faz regredir  e pensar que este ponto azul que outrora e ainda é estupendo aos nossos limitados olhos, é um mero nada e somos parasitas, bactérias de um acidente.Somos um acidente prejudicial a vida, destruidores se de seu lar, criadores de deuses e suas mitologias, cabresto inúteis, aos que disso dependem.


Nestes campos de concentração da vida, amarro correntes aos pés ... carregando unicamente o peso que conduzo comigo.Preciso descansar, mas o cansaço não permite, ele me cobra. Enquanto as bandas tocam o silêncio...abalando as vidraças quebradas da catedral abandonada.


 A boêmia,é algo presente em vossos olhos, até poderia dizer nos meus, não se prender a vínculos, amores e promessas, apenas desfrutar do  carnal.É algo vazio mais é o melhor a se fazer, para estar apenas ludibriando o instinto natural, e cessando a desatenção.Desta forma não existe sentimento, nem culpa, nem cheiro nem dor.As meretrizes são um alento quando não se tem amor. Felicidade completa é inexistente.


A razão, supremo bem humano, no meu pensar declaro guerra e morte, ao antropocentrismo da teologia.Enquanto isso, as horas passam, e o sono da vida, me derruba sob a cama.  A solidão continua a mesma, a censura arrancada de meu peito, rouba os fios da proibição, as tapadeiras caem e se vê a razão.


Deus é inexistente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário