domingo, 31 de julho de 2011



   Religião e Olhos Fechado no Inverno.

      É solitário andar por essas ruas vazias, mortas a luz da Lua de Inverno, seu prateado, não tão feliz e intenso. É solitário caminhar por entre as ruas de árvores com galhos retorcidos, Será culpa do meu pecado, ou o coração dos devotos está frio e triste? Pois sua única esperança nunca veio  ou nunca virá. A floresta chamava, hoje nem os ventos de outrora passeiam mais por aqui, nosso povo foi tomado por suas doenças, Sua fé fervorosa em promessas vãs, Teus templos obscuros, que derrubaram os nossos Templos de contemplação a natureza, Impuseram suas cruzes, acima do que existia de mais sagrado nossa harmonia.
     Derrubaram e mataram nossa gente a ferro e fogo, Espada e sangue, Amaldiçoaram e queimaram nossos velhos, mulheres e outras demais pessoas que de tão inocentes, de quão isso que deveriam ser ostentadas, que não merecem ser chamadas de santas, pois seria desdenhar de vossas memórias, ao ponto de atribuir-lhes tão baixo e cruel pseudônimo.
       Abram teus olhos, vejam o buraco em seus seios, não tens coração, foi corrompido e corroído, pela doença de seu fanatismo torpe. O verme que engole, é maior que teu cérebro, é maior que você. Tire a venda que cega teus olhos, Pense duas vezes ao bater no peito e declarar tão desprezível adjetivos, A fé destruiu mais do que ajudou a erguer, Ainda se pode ouvir o barulho das espadas e lanças batendo em seus escudos e gritando aos quatro cantos, declarando morte aos tidos hereges, nos condenando ao inferno, vossos corações não admitem a culpa, mas os olhos da História viram as malevolências de vossos antecessores, em nome de um nada que apenas serviu para justificá-las. Crucificaram nossos sentimentos, nossas lembranças. Tirara de nós nosso paraíso de nossos tempos. Derrubaram nossos modos de vida, e fincaram suas malditas bandeiras, cuspiram em nossa face e ainda querem que aceitemos isso como presente, Dádiva Divina, Presente de grego, apenas ficou o sangue de nossa gente em suas mãos, vocês arrancaram nossas asas, ideais de nossa evolução, Imposição através do ódio, não através da doçura que se enclausura apenas em vossos sanguinários livros.
         A Aurora não é mais a mesma, pois vocês constituíram moradas de seus seres imaginários lá. Em nosso solo as pragas de vocês se materializaram. Coroaram-nos povo escolhido, com meros pedaços de madeira e uma coroa estúpida de espinhos, Não respeitam nem a nossa liberdade, nosso laicismo e descrença. Oh tão cruéis, os círculos próprios se fecham nas terras do Norte, nosso grito não foi ouvido, contemple o fogo que toma conta, inferno na Terra,Sim somos nós queimando,Olhem nossos olhos pedindo a vossa misericórdia, nobre padre, nobre pastor, contemple a nossa dor, leve nosso sofrer em vossas lembranças. Já que tudo o que queres é poder. Injusto ameaçar-nos com tamanhas mentiras, liberar a barbárie como se fosse o mesmo que desejar-lhes bom dia. O verde de nossos dias converteu-se no vermelho de vosso ódio e intolerância.
     Teu paraíso é uma mentira, vocês deveriam sangrar no inferno que é fruto de sua imaginação e de mentes deturpadas e dopadas mediante os louros de uma falsa glória. Quem sabe teríamos um céu mais claro, e menos cheio de lama e podridão. Seria um sonho s e uma retratação, o grito de quem queria apenas seguir suas vidas quando pela voz do último sacerdote que declarado não tão brevemente será o velório de vossos templos, vossas mentiras cairão com o veneno que vocês espalharam por milênios. Não justificará o sangue derramado, Mas será uma forma de compensar a história cruel do Holocausto que vocês proporcionaram. Éramos livres, mas nos prenderam com as correntes e algemas de vossos demônios pessoais.           
       Carrascos perversos que esqueceram o que era e é a humanidade. Ostentaram seu maldito julgo, provindo de seus subconscientes, ao qual lhe atribuíram o título de juiz supremo do universo. Sentenças ainda acontecem, métodos arcaicos que ignoram os passos do processo evolutivo. Declararam nossa morte, mas nós decretamos o dia da morte de vocês, não nos dizemos Deus, porque tal título sujo, não nos é pertinente, se acham justo matar em nome de uma falsa moralidade, use sua arma e acerte seus miolos, você não merece viver, mate-se ao som da vossa sinfonia de destruição. No muito não a mais nada a dizer, apenas reflita o passado e orgulhe-se de seu deus e de sua história, orgulhe-se de nossas mortes, orgulhe-se de ter deus no coração, orgulhe-se de nos decretar a sentença de vossos infernos.
          Mas nunca tentem novamente como fizeram pelo fio da espada tirar de nós o nosso direito de descrença,alimentem seu ódio e incitações de maldizeres e os engula, beba do nosso sangue para matar a sede de vossa tão alegada supremacia, desde já saibam que não ficaremos escondidos em nossas cavernas. Retribuiremos mas não com o modo sujo que vocês têm presenteado, teus “inimigos”. Detentores dessa fé morta, inútil e infantil. Cresçam se tornem pessoas melhores e quem sabe um dia terão nossa liberdade, multidão de escravos de deus, escravos do nada, escravos de algo que se existe apenas em vossas mentes lavadas por criminosos, escravos da mentira, seguidores dessa maldita falácia venenosa inexistente.
Apenas que busquem a razão, o conhecimento ante qualquer delírio divino, pois aqui ainda cabe dizer, a escuridão que é nada mais que uma ausência de luz, é onde a Religião se refugia, e neste gênero cabe ainda aquela, ele ama mais o inferno do que a ti. Nenhum “pai” iria querer um filho seu por toda eternidade sofrendo, Isso é o que torna o mito imoral , vil e sanguinário,ridículos são mitos crucificado por  acéfalos,perturbados e cegos,por simples interesse.
        O caos existente é resultado dessa invencionice que mais custou vidas e que deve ser extirpada, a mentira já começou a cair, enxerguem isso, logo irá se findar de vez esta odisséia de mitos e irracionalidades, o que se constrói é um novo Renascentismo, um Iluminismo. E talvez nossas noites e dias, não sejem tão mais solitários e frios, e que nem se ouça o choro da Lua. A fé condiciona a frieza e crueldade pela arrogância fanática. Fazendo esquecer-se de nossa igual inferioridade recíproca entre nós e o gigante cosmos e a paridade com os outros animais, egocentrismo é algo que fere, e a religião é berço de advento para qual questão. Uma vez que o universo não está para se adequar a nossa vontade, mas sim de nós com nossas leis, empirismo e bom senso fazermos adequações ao que possível adequar as condições.

                      Por: A.Rodrigues (Argoth Gothicko) Blog: O Gótico Ateísta.

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