Confissão de mim mesmo, a este findar de inverno sepultando-se ,os dias se vão, as tardes morrem,os amores que nunca vieram perdem o seu tempo para chegar.
Ao qual ponto me entrego a este poço de meus próprios dizeres que aqui confesso que ia pois que neste solo,não há quem seje mais desventurados de amores que eu.
O frio ,a nevoa escora-se nas colunas da noite.Nas noites sem lua,morcegos e corujas são minhas amigas. O restante morre a cada instante e se destroem na casa de seus desejos e vontades.
Enquanto isso guardo-me na casa que se deteriora com as células de minha epiderme que se sufocam e morrem. Os espelhos trincados com a ação do tempo refletem nossa corrupção temporal e nossa desgraça.
Nossa conversão em fantasmas velhos toda manhã.Outrora o auge de nossos dias,não foram muito felizes por falta deste incompreensível senso.Hoje as raizes de meus genes se destroçam em conflito com meu âmago que apenas foi na arte dos amores vivídos e fértil imaginação épicos um nada.
Um poço vazio onde apenas se jogam pedras que ao fim de tudo apenas serão ouvidos estes quicares nas raízes destas árvores velhas que a muito tempo me acompanham a volta do poço ,de meu jardim de dias bonitos.
Acreditava na ilusão de pensar que o que sentia e vivia era puro e verdadeiro,pensar que era real,era apenas fruto de minha imaginação,coisas infantis,oh antes tarde do que nunca ,observo meus desenganos e ponho -me a amar mais.Percepção própria antes que a morte venha e nos abrace debaixo de sua capa.
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