segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Como Não Se Indignar...


Como não se indignar, como é possível?
Parem de entregar suas esperanças ao longe,
Acordem, corram... não sejam zombies, 
Não sejam as ovelhinhas que saciam a fome do lobo ganancioso em pele de pastor.

Fuja criança, talvez este padre irá lhe fazer mal,
Tento entender os por quês disto
E por fim não vejo nada, 
Nada além apenas destas pessoas se entregando ao desespero,
A estes mercenários que riem da sua dor,
A estes que regojizam de suas salas luxuosas, da dor que culmina em sua existência, sem alento compram estas ideias.

A sua crença desde que não doentia,
Não fará mal,
Então acorde, acorde freguês,
A sacolinha cheia vem,
Pessoas que vendem os seus anseios,
Entregam-nos nas mãos do sacerdote.

A mensagem da "Verdade Absoluta" já lhe cegou?
Atou-lhe as mãos e pés, feito um porco gordo
Que comendo do coxo da esperança,
Se alimenta e nem ao pouco a consciência grita,
Para avisar que em breve comerão de sua carne.


Nem um alerta, nem um sinal de fumaça,
Infelizmente se você não se atentar, 
O lobo comerá todo o seu alimento.

Quem se importa? Ninguém...
Por quê entrega suas últimas moedas a este senhor?
Outrora compravam indulgências hoje vendem nada.

Obscura cura do óleo ungido,
Martelinho da escrotidão,
Flanelinha de limpar dinheiro
Placebo doentio que habita a porta do morgue.

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