Quase quatro anos de blog quem diria, tanta coisa aconteceu, tanta coisa mudou.
Mas a cá estou, que venha os bons ventos e que estes tragam ainda mais coisas boas.
Que a dureza da vida não nos fadigue, que a vida nos excite mais em todos os sentidos.
Que os bons ventos nos escute e tragam junto com a liberdade poética inspiração para continuar com as palavras.
Obrigado a todos que prestigiam o blog, embora eu sinta que as vezes ninguém mais leia o que escrevo (risos), desde já obrigado. Att. A. Rodrigues
As vezes sonho que estou morto dentro de um caixão, as vezes cruzo as mãos sobre o peito embaixo do edredom.
Não que eu tenha pressa de morrerm, mas parece tão sereno e tão tranquilo estar morto.
Pode ser que isso se deva a maquiagem pesada ou simplesmente o cadáver que transparece ter deixado toda a agonia da existência, embalado por uma singela música de ninar.
O túmulo frio e o perpétuo desaparecer o acolhem, como um filho que volta aos braços de sua mãe.
A terra se alimenta do que dela surgiu e mostra que tudo acaba e pertence ao universo.
Se tornar o nada mas ao mesmo tempo voltar a poeira primordial.
Mórbido poema, imagino uma canção, morrer deve ser muito bom, mas por hora me contento em estar vivo.
O que nos torna importantes? O que é ser importante?
O que faz de nós pessoas especiais?
Seguindo a subjetividade alguns possivelmente iriam para o lado emocional e diriam que pessoas são importantes devido ao amor que sentem elas pelas outras, mas tento tratar aqui de uma maneira geral.
Alguns tem ideias diferentes, pensar diferente mas no final são a mesma coisa, são pessoas.
Estes questionamentos me vieram devido a minha angústia de entender o por quê de algumas coisas.
Acho que estou tento uma crise existencial ..... de novo (risos)
Vida comum, pessoas comuns e por fim o todo se torna comum.
Estranho essa vontade de ser notado, um pontinho no meio da multidão, um grito interior que quer dizer" OI ESTOU AQUI, OLHEM PARA MIM, EU EXISTO E SOU IMPORTANTE.
Mas no final somos apenas pessoas.
Em um planeta com milhões de culturas bem provavelmente deva ter algumas pessoas se questionando a mesma coisa e chegando ou não a conclusão nenhuma.
Pensar sobre si mesmo, pensar sobre o que somos é algo que pode nos deixar confusos.
Escrevi e escrevi e não cheguei a nenhuma resposta.
É pertubador, sobre a existência por hora vou apenas existindo.
Acho que talvez algum filosofo existencialista saiba me dar uma boa resposta.
Dançando nas sombras para ninguém lhe perturbar, dançando no escuro para ninguém lhe recriminar.
Ah, escuridão como afável tu és.
Ela se sente mais leve e mais tranquila quando não há ninguém lhe julgando.
Ela se abraça e um sorriso sai.
Sua felicidade é dançar mesmo que nenhuma música toque.
Ela se sente livre e sem culpa, no escuro ela só quer dançar.
Rir de si mesma, ela apenas quer dançar.
Ela poderia prolongar estas palavras por tamanha ser a satisfação, a solidão não lhe faz mal quando ela quer.
Fica bem, vive bem.
Por hora ela quer apenas dançar.
Toca a melodia macabra, mas ela nem se importa, ela gosta e quer apenas dançar.
Quer cantar, gritar até que sua voz suma, pois por fim ela só quer aproveitar.
No macabro fim, ela se deita em sua cama para que no dia seguinte tudo volte ao normal e possa suportar tudo o que vier, pois nas sombras ela se recupera, dançando na escuridão ela se livra do mal e esta leve.