O limite nos pertence, os sabores ruins da vida também... e nós ?
Nos pertencemos ao nada, somos nada logo por sinal,
Vejamos a nossa equiparável insignificância humana.
Insignificância tal de chegar a nos sentir pequenos e frustrados...
Não pelas escolhas e mais sim por nos vermos sempre solitários.
Nosso antropocentrismo é fruto do ego.
[Schopenhauer que nos agracie com seu niilismo, Nietzsche lembranças discorrem.]
Mas somos o nada que compõe mesmo que insignificantemente,
Um ponto de nada em meio ao universo, doente planeta...
Pálido ponto azul a saltar da ponte no limbo de Sodom.
Somos as estrelas que morreram, somos os vermes que rastejam na Terra,
[Não agradeço a poeira das estrelas por estar aqui.]
Feito bactérias infectamos o planeta com nossas doenças vis,
O rugido dos leões feridos, os lobos que uivam para a Lua,
Nossa congregação de lixo, explodindo a catedral da terra.
[Os deuses foram sepultados e as covas são fundas de mais para que ressurjam, agonizam em seus túmulos criação das entranhas humanas, de cérebros doentes. ]
O clamor pelo fim de nossa espécie, é algo constante,
Sempre que decaímos a paixão pelo fim, a paixão pela morte é contemplada.
Pelo fim de nossa existência vem aos nossos ouvidos, sussurrar delícias de morte.
Mas vivamos e deixamos que a vida nos desgaste e consuma nos com o tempo,
O fim das idades um dia chega,
De - me os motivos, ergam -me, ajudem - me.
Minha confiança, quebre o espelho e me puxe para dentro de vocês,
Convidem me a lutar junto.
Olho para os vales e o abismo a seguir,
Nas águas do pântano podre estou solitário com minha lanterna.
Na casa cheia de outrora sinto me só, ainda mesmo com os que me acompanham.
Sempre serei assim, penso eu..
Ao menos que mude se minha percepção a cerca dos anos.
Por horas me sinto pequeno, dispensável.
Ao relento do vento frio que me gela e me deixa agonizando,
Sem nenhum abraço, afeto, afago ou atenção.
Vejo o amor se despedindo como alguém que nunca mais voltará.
Palavras de desconforto, a morte me presto escrever.
Quero que minha carne se consuma com os anos, não tenho pretensão de morte.
Mas essa consumação será sempre solitária.
Pequeno e dispensável (novamente),
O que existe de especial em mim se escondeu ou é inexistente.
Não tenho riquezas e nem elas me tem, solidão em meio as multidões,
Assim me sinto, abraçaria plenamente o infarto, para não mais pulsar este coração.
Outras pessoas, outras pessoas... assim segue esta marcha,
Meus pensamentos me acompanham,
A razão e a racionalidade se perdem nestas palavras,
O emocional aguçado expele estes dizeres.
Espero ter secado estas palavras que surgiram após um estalo de tempo.
E que breve sumirão e que perante todo o tempo.
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