sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Varella Diz Por Que Ateu Desperta A Ira Do Fanático Religioso

Este texto não é meu, mas achei bacana e coincide com o meu modo de visão, a cerca dos religiosos fanáticos e o preconceito aos ateus.
Este texto é do Dr. Drauzio Varella em entrevista a FOLHA, a fonte do texto segue ao final da postagem.

Título original: Intolerância religiosa

por Drauzio Varella para Folha

Sou ateu e mereço o mesmo respeito que tenho pelos religiosos.

A humanidade inteira segue uma religião ou crê em algum ser ou fenômeno transcendental que dê sentido à existência. Os que não sentem necessidade de teorias para explicar a que viemos e para onde iremos são tão poucos que parecem extraterrestres.

Dono de um cérebro com capacidade de processamento de dados incomparável na escala animal, ao que tudo indica só o homem faz conjecturas sobre o destino depois da morte. A possibilidade de que a última batida do coração decrete o fim do espetáculo é aterradora. Do medo e do inconformismo gerado por ela, nasce a tendência a acreditar que somos eternos, caso único entre os seres vivos.

Todos os povos que deixaram registros manifestaram a crença de que sobreviveriam à decomposição de seus corpos. Para atender esse desejo, o imaginário humano criou uma infinidade de deuses e paraísos celestiais. Jamais faltaram, entretanto, mulheres e homens avessos a interferências mágicas em assuntos terrenos. Perseguidos e assassinados no passado, para eles a vida eterna não faz sentido.

Não se trata de opção ideológica: o ateu não acredita simplesmente porque não consegue. O mesmo mecanismo intelectual que leva alguém a crer leva outro a desacreditar.

Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias.

Que sentido tem para um protestante a reverência que o hindu faz diante da estátua de uma vaca dourada? Ou a oração do muçulmano voltado para Meca? Ou o espírita que afirma ser a reencarnação de Alexandre, o Grande? Para hindus, muçulmanos e espíritas esse cristão não seria ateu?

Na realidade, a religião do próximo não passa de um amontoado de falsidades e superstições. Não é o que pensa o evangélico na encruzilhada quando vê as velas e o galo preto? Ou o judeu quando encontra um católico ajoelhado aos pés da virgem imaculada que teria dado à luz ao filho do Senhor? Ou o politeísta ao ouvir que não há milhares, mas um único Deus?

Quantas tragédias foram desencadeadas pela intolerância dos que não admitem princípios religiosos diferentes dos seus? Quantos acusados de hereges ou infiéis perderam a vida?

O ateu desperta a ira dos fanáticos, porque aceitá-lo como ser pensante obriga-os a questionar suas próprias convicções. Não é outra a razão que os fez apropriar-se indevidamente das melhores qualidades humanas e atribuir as demais às tentações do Diabo. Generosidade, solidariedade, compaixão e amor ao próximo constituem reserva de mercado dos tementes a Deus, embora em nome Dele sejam cometidas as piores atrocidades.

Os pastores milagreiros da TV que tomam dinheiro dos pobres são tolerados porque o fazem em nome de Cristo. O menino que explode com a bomba no supermercado desperta admiração entre seus pares porque obedeceria aos desígnios do Profeta. Fossem ateus, seriam considerados mensageiros de Satanás.

Ajudamos um estranho caído na rua, damos gorjetas em restaurantes aos quais nunca voltaremos e fazemos doações para crianças desconhecidas, não para agradar a Deus, mas porque cooperação mútua e altruísmo recíproco fazem parte do repertório comportamental não apenas do homem, mas de gorilas, hienas, leoas, formigas e muitos outros, como demonstraram os etologistas.

O fervor religioso é uma arma assustadora, sempre disposta a disparar contra os que pensam de modo diverso. Em vez de unir, ele divide a sociedade - quando não semeia o ódio que leva às perseguições e aos massacres.

Para o crente, os ateus são desprezíveis, desprovidos de princípios morais, materialistas, incapazes de um gesto de compaixão, preconceito que explica por que tantos fingem crer no que julgam absurdo.

Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que a mim pareçam. Se a religião ajuda uma pessoa a enfrentar suas contradições existenciais, seja bem-vinda, desde que não a torne intolerante, autoritária ou violenta.

Quanto aos religiosos, leitor, não os considero iluminados nem crédulos, superiores ou inferiores, os anos me ensinaram a julgar os homens por suas ações, não pelas convicções que apregoam.


FONTE:  BLOG PAULOPES ( abaixo o link )
 http://www.paulopes.com.br/2012/04/drauzio-varella-diz-por-que-ateu.html#ixzz2GMywBpfX
 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Poema Para Ti.... Meu Amor!!!


Meu amor, meu amor 
Ah que delícia escrever sobre ti,  
Mas não demorarei , 
Infelizmente as palavras não são tão boas o quanto se pensa.  
Se tornam pequenas e breves perto da vontade. 

Quero contigo  todos momentos, 
Os mais belos e até os tristes.  
A cada dia escrevemos linhas de nossa história, de nosso afeto.

Amor e carinho mútuo. 
Venha amor, venha comigo.
Já já será chegado o nosso momento.
Estaremos perto, estaremos juntos. 
Fora e dentro.  
Apreciando a cada segundo de nossa companhia. 
Sob este céu, sob a noite e o luar, 
Embriagados de amor, a nossa música.

O nosso amor do peito saltará, 
enfim um do outro seremos, 
embora já nos pertencemos, 
Desde quando você sorriu para mim.

Joe, O Feio


Joe, O Feio era um jovem solitário, não era feio. 
Era apenas um garoto que crescera sozinho.                                         
Frequentava o cemitério, especialmente o túmulo de sua mãe.
Sua maquiagem e roupas escuras, batom vermelho, cabelos desgrenhados assustavam as pessoas. Todos tinham receio dele, mas ninguém ousava se aproximar. 
Nem imaginavam que naquele peito pulsava um coração bondoso e puro, um coração belo.
Em um fatídico dia, um tiroteio aconteceu. Joe, O Feio que era belo, acabou sendo morto.                      
Não usava armas, apenas declamava poesias e expressava sua mórbida arte. Entre balas fora atingido. Isso acontecera, enquanto ele falava de seus nostálgicos e imaginários romances, falava de amor.
Não se sabe se fora da polícia ou do ladrão. Uma bala em cheio acertou seu coração. Joe, O Feio que era belo, sem nenhuma cerimônia, fora enterrado. Agora abraçava os restos do corpo de sua mãe. 
Não fora ninguém o visitar, ficara apenas como companhia, o velho coveiro que  em seguida deixaria o cemitério com sua pá, chovia intensamente. Pareciam as lágrimas de Joe,  O Feio. 
Escuras  e belas,  mesmo o tendo visto de longe, imagino que se ele pudesse pedir, ele pediria uma triste música ao piano e violino, com uma voz serena como trilha de sua morte.
Agora descanse em paz, Joe... 

UI, UI É COISA DO DEMÔNIO


Um dia desses, enquanto fazia meu lanche da tarde, deparei-me no balcão da lanchonete, com um senhor, que relatava ocorridos com ele. Falava sobre “segredos” da maçonaria, explicando a função do compasso e do esquadro do símbolo maçom.                                                                            
 A conversa não era dirigida a mim, mas ao ouvir tais coisas me aproximei e fui ouvi-lo.
Segundo sua “lógica” e que disse que era o grande segredo da maçonaria, irei detalhá-los os dizeres.  
O compasso, seria o objeto que simbolizaria o “grande arquiteto do universo”  e  o esquadro seria o V de vitória. Neste caso seria vitória do povo de Deus, hum, beleza.  
 Ele dissera que o compasso na forma que está no caso seria a “derrota de Deus” e neste caso então vitória do homem, do  mal.  Fiquei apenas o ouvindo, e ele dizia isso com tamanha paixão que transmitia convicção, como se fosse a maior verdade do mundo. 

Mas o detalhe, ao que me parece ele era evangélico, já de aviso não estou generalizando, mas é possível se observar que em algumas denominações, perde-se mais tempo falando de demônios, possessões e todo aquele rito de encenação,  vide algumas igrejas que vocês sabem bem, do que  enunciando e seguindo o seu propósito, que seria de “acalentar” corações desesperados e semear os seus dogmas.
Pois então, a obsessão deste senhor, por achar que tudo de mal era obra do demônio, que estava sendo perseguido.  Sinceramente, senti vontade de apresentar a minha opinião sobre o assunto e que descria da existência de tais seres, mas preferi continuar ouvindo este senhor.

A situação a seguir,  quero que você leitor, use de senso crítico. Pois que, ele comentando sobre a eleição para a prefeitura de São Paulo, o então candidato e enfim eleito Fernando Haddad (PT) estava em último nas pesquisas e segundo ele, “inexplicavelmente” conseguiu ir para o segundo turno, relatou ainda que neste mesmo período haveria sumido uma criança. E segundo ele a hipótese, é de que haviam pego uma criança e terem realizado um ritual satânico. Isso me transparece, se realizaram não sei, mas isto não surte nenhum tipo de efeito. 

Só que na mente deste senhor é mais prático atribuir tais feitos a seres sobrenaturais, do que propriamente investigar os fatores que colaboraram, para que o candidato conseguisse avançar.
Ele descartou com os seus dizeres todo o trabalho de equipe, marketing, panfletagem, imprensa, etc.                                   
Além do quê, o candidato do PT tinha o apoio de figuras ilustres, tal como o senhor ex-presidente da república Luís Inácio Lula Da Silva, da Senhora Dilma Rousseff entre outros.  
Esqueceu também este, que o senhor  Russomano estava sendo apoiado por lideranças evangélicas e o próprio PR é uma representação da Igreja Universal.  E lideranças da igreja católica, foram contrários a ele.  Eis que então passado  o primeiro turno,  Russomano acabara perdendo. Resultado do 2º turno, Haddad eleito.

Não sei se recordam, mas, ouve uma grande pressão por parte da imprensa. Principalmente a Rede Globo.
Pessoal, vocês acham mesmo que se matando criancinhas, isso elegeria alguém?                                                                                       

Primeiramente porque demônios, não são nada mais do que lendas, deuses de outras religiões que o Cristianismo “demonizou”. Lembrando que, alguns rituais realizados nas igrejas provêm de cultos pagãos de toda aquela região da antiga suméria, dos mesmos deuses que eles próprios demonizaram.                                                                                         

E caso o tivessem realizado o ritual e Haddad não ganhasse?  Comentariam sobre isto?
E quem em sã consciência mataria uma criança só para um fim destes? Sim, sabemos que nas antigas religiões pagãs, havia estes sacrifícios.  Até mesmo na estória cristã, há relatos de imolações, cópia dos cultos da época, que fora substituído por um cordeiro. Diziam que a fumaça do cordeiro queimado, agradava a narina de seu deus. A começar por ai, já é estranho que um ser tamanho necessite de tais coisas. 
Mas isto não vem ao caso, creio que devo ter passado completamente a mensagem, por que existem pessoas que não utilizam do seu senso crítico, ao invés de dizer tais coisas? É por que é mais fácil se atribuir tudo a uma natureza sobrenatural do que encarar o fato de que, com um pouco de boa vontade se esclarece todo e qualquer fato? Não será isso fruto de uma lavagem cerebral que não o permite analisar, pois questionar seria pecado? 
Colocar uma resposta simples e que não requer métodos, análises, pesquisas e experimentos e se coloca apenas um “foi fulano ou foi beltrano”?                               
Espero ter sido claro no que quis dizer aqui, analisem bem
.

BEM OU MAL, COM DEUS OU SEM DEUS


Relembrando agora a pouco, a algum tempo atrás conversando com amigos, coisas pertinentes a religião e ateísmo. 
O que quase sempre fazemos aqui, conversando também sobre história e política. 
Eis que  uma senhora conhecida, graduada e respeitada de toda a sociedade  mutuense se dirigiu a nós.
A cumprimentamos, e ela acabara fazendo parte daquele nosso diálogo, e eis que em um momento fui perguntá-la:
__Senhora se fosse afirmado a não existência de Deus, a senhora seria capaz de matar alguém? Ela me respondeu com um enfático:
__Sim!!!
Confesso que fiquei pasmo, como que uma pessoa despreza todo o conjunto de leis, ética e moral, preceitos de respeito,  sensatez?                                                                                                                                                                              Em seguida me vieram a mente diversas perguntas.  
Seria deus para estas pessoas apenas um cabresto, que sem este “guia moral” tais pessoas seriam monstros?                                                         
Onde reside a moral destas pessoas, apenas na sua crença?                                                                                        Na maioria das vezes chamam estas pessoas chamam-nas de  “pessoas sem deus no coração”.                               
Ateus são pessoas sem Deus no coração, não por serem monstros, mas pelo fato de não creem na existência de divindades, mas nem por isso não são pessoas imorais, isso que claro que não estou generalizando, há sempre alguns que são mesmo pessoas ruins, mas escolheram assim e sabem da consequência de seus atos.
Direi apenas por mim, mas no que posso sempre me mostro o mais ético o possível.  Busco não ferir estes conceitos morais, pois embora não acredite em céu e inferno, sei que a lei é punitiva, embora às vezes não funcione. Sabemos que a vida é única, não cremos em vida após a morte. Se a lei não te pune, a sociedade ou alguém que se sentiu lesado pode vir a revidar.                      
 E no que diz respeito a conviver bem, ter uma vida social agradável, são coisas que creio que todo cidadão busque para si.
Então se arrancam a crença destas pessoas, o que sobrará?  Teremos mais assassinos?                             
Pessoas que são boas apenas por medo de um castigo,  que são boas por almejarem recompensas em outra vida. Se retira-se isto delas, iremos precisar demais cadeias. Isso salientando que a maior fatia populacional é cristã. Confesso que fico com medo.